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Governo gaúcho estima prejuízo de R$ 100 milhões nas áreas afetadas pelos temporais

today02/05/2024 10

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Foto: Lauro Alves/Secom

O governo do Rio Grande do Sul se reuniu na manhã desta quarta-feira (1º) no Gabinete de Crise montado para monitorar a situação das regiões afetadas pelo temporal desta semana. Um levantamento preliminar estima prejuízos de R$ 100 milhões nas áreas afetadas pelas chuvas.

O grupo composto por secretários e representantes das forças de segurança, sob a liderança do vice-governador Gabriel Souza, atualizou as condições meteorológicas do Estado para as próximas horas. A chuva deve persistir até a próxima sexta-feira (3) e, em algumas regiões, podem acabar se intensificando.

“Seguimos priorizando o trabalho de resgate de pessoas em áreas isoladas e ilhadas, com apoio das aeronaves da Aeronáutica e uso dos equipamentos do Estado. Há uma preocupação especial com as barragens em situação de alerta, com risco de rompimento e alagamento por conta de cotas muito elevadas. Já estamos adotando o plano de contingência nessas localidades, com apoio das prefeituras, para retirar moradores das áreas próximas”, explicou Gabriel Souza.

A previsão indica um aumento do volume de chuva nas regiões Noroeste, Sul, Região Central e Região Metropolitana. O principal reflexo é a elevação do nível dos rios Caí e Taquari, que já ultrapassaram a cota de inundação em todas as estações monitoradas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

A instabilidade persistente no Estado, ocasionada por uma região de baixa pressão atmosférica estacionada em seu território, deve deslocar-se para a Serra e o Litoral Norte a partir de quinta-feira (2). No sábado (4), a frente fria deverá avançar em direção à divisa com Santa Catarina, com consequências para o nível do rio Uruguai.

Resgates e infraestrutura

Desde a madrugada desta quarta-feira (1º), aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) estão em operação no Estado para buscar famílias ilhadas, com foco nas cidades de Candelária, Santa Cruz do Sul e Sinimbu, onde a situação é mais crítica. Até a manhã desta quarta-feira, a Defesa Civil registrou mais de 130 pedidos de resgate.

Desde terça-feira (30), a Brigada Militar mobilizou um contingente de mais de mil policiais para atuar na linha de frente dos resgates e na solução de ocorrências de infraestrutura, como bloqueios de estradas. O Corpo de Bombeiros também já está operando com mais de 300 oficiais nas áreas isoladas, contando com o auxílio de 27 embarcações para agilizar o acesso às regiões afetadas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), há 50 cidades sem atendimento pelos números 190 (Brigada Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros).

O impacto na infraestrutura rodoviária é considerado sem precedentes pela Secretaria de Logística e Transporte (Selt), com dezenas de pontos de bloqueio total em estradas no Estado (informações detalhadas no boletim de infraestrutura), prejudicando a operação de mais de 100 linhas de ônibus intermunicipais.

Telefonia

Para atender áreas sem acesso à rede de telefonia, a Sema fará a solicitação formal às empresas de telecomunicação para abertura geral de roaming. O mecanismo permite que usuários possam acessar as redes de outras operadoras, habilitando o recebimento de chamadas, envio de mensagens de texto e uso de dados móveis mesmo fora da área de cobertura da fornecedora doméstica.

Abrigos e cadastro

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) iniciou a mobilização das equipes para organização material e logística dos abrigos públicos na região do Vale do Taquari, que deverá receber mais desabrigados nos próximos dias. Nos municípios mais afetados, a pasta começará o processo de cadastro para distribuição de uma nova rodada do programa Volta por Cima.

Saúde

A equipe da Secretaria da Saúde (SES) providenciou o envio de geradores para suprir a falta de energia elétrica em unidades de atendimento dos municípios de Santa Teresa e Sinimbu. A pasta também atua no monitoramento de hospitais com risco de alagamento e orienta as equipes para o deslocamento de pacientes para unidades de saúde próximas ou áreas mais seguras dentro do prédio.

Escolas

Em reunião emergencial nesta quarta-feira (1º), a Secretaria da Educação (Seduc) ordenou que as empresas incluídas na ata de registro de preços de obras escolares atuem emergencialmente na recuperação de 19 instituições de ensino da Rede Estadual.

Fonte: O Sul

Escrito por Jornalismo

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