Foto: Luiz Fernando Bertuol

A vacinação contra o Covid-19 avançou mais um passo no Brasil, com o começo da imunização para crianças de cinco a 11 anos. Em Santa Cruz do Sul, a aplicação de doses ao público infantil teve início nesta quarta-feira, 19, priorizando, inicialmente, portadores de comorbidades e de deficiências.

A supervisora de Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde, médica Clauceane Venzke Zell, destaca que as vacinas são uma importante ferramenta no controle de doenças infecciosas. Ela enfatiza que muitas delas foram controladas e até mesmo erradicadas graças à vacinação, que também impede que enfermidades se manifestem de maneira mais severa. “A importância de vacinar as crianças contra o Covid-19 é justamente evitar as formas graves da doença, a transmissão do vírus para pessoas mais suscetíveis e realmente protegê-las”, explicou.

Clauceane enfatiza que as vacinas contra o Coronavírus, de forma geral, tiveram sua eficiência e segurança comprovadas por diversos estudos internacionais. Países como Alemanha, Argentina, Áustria, China, Estados Unidos e França já iniciaram sua aplicação em crianças, sem registrar casos significativos de reações adversas. O Brasil passou a integrar este grupo de nações nesta semana, com a aplicação de doses pediátricas da Pfizer-BioNTech. “Os órgãos brasileiros de regulação, após a análise de documentos e estudos apresentados, liberaram a vacina para aplicação segura no público infantil”, explicou.

A médica destaca, entretanto, que qualquer vacina pode causar reações adversas. No caso da Pfizer para crianças, as reações, quando ocorrem, costumam ser leves. As mais comuns, segundo Clauceane, são dor e vermelhidão no local da aplicação, cansaço, dor de cabeça e inchaço local. Ela recomenda aos pais que, caso isso aconteça, seja ministrado analgésico pediátrico ao qual a criança já esteja acostumada e, em caso de dúvida, procurar a unidade de saúde mais próxima.

Clauceane destaca o efeito positivo que a imunização na população adulta provocou, com a redução de casos graves e óbitos, e projeta o mesmo resultado para o público infantil. “Precisamos proteger as crianças e fazer com que elas também passem a apresentar casos leves de Covid, como os adultos agora estão tendo. Ano passado, os doentes por Coronavírus ficavam muito debilitados, hoje praticamente não temos casos assim”, avalia.

As crianças também precisarão fazer uma segunda dose, com um intervalo de oito semanas da primeira. A médica recomenda que as crianças e a população em geral sigam seguindo os protocolos sanitários recomendados, como o uso de máscaras, higiene das mãos e etiqueta respiratória.

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