Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil caiu 0,1% no 3º trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta quinta-feira, 02, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação a igual período de 2020, o PIB cresceu 4,0%. Os dados oficiais reforçam a leitura de desaceleração da recuperação após o PIB ter conseguido retomar no início do ano o patamar pré-pandemia. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia.

Piora das expectativas

A economia brasileira vem perdendo o ímpeto mesmo com a reabertura do setor de serviços e fim de boa parte das medidas restritivas lançadas no país para frear o avanço da Covid-19 desde o começo do ano passado.

Desde setembro, as projeções para a economia têm sido revisadas continuamente para baixo, em meio à disparada da inflação e aumento das incertezas fiscais após as manobras do governo para driblar o teto de gastos e abrir espaço no Orçamento no ano eleitoral de 2022.

As preocupações com a saúde das contas públicas, o desemprego ainda elevado e a elevação em ritmo acelerado da taxa básica de juros para conter a inflação vêm provocando uma redução da confiança de empresários e consumidores.

Segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio), a inadimplência subiu em novembro, para o maior patamar do ano, com 26,1% das famílias relatando ter dívidas ou contas em atraso.

A média atual das projeções do mercado financeiro apontam para alta de 4,78% do PIB em 2021 e de 0,58% em 2022, bem abaixo da média global e a pior perspectiva entre os países do G20. E parte dos analistas apontam para o risco de retração no ano que vem.

A inflação deve fechar o ano acima de 10% e a projeção para o IPCA de 2022 foi elevada para 5% – no limite do teto da meta do governo, de acordo com o último boletim Focus do Banco Central. Já para a Selic, a previsão é que ela suba na próxima semana a 9,25% ao ano, chegando a 11,25% ao ano em 2022. Vale lembrar a taxa básica de juros abriu o ano na mínima histórica de 2% ao ano.

Em 2020, no primeiro ano da pandemia, a economia brasileira registrou um tombo de 4,1%, registrando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, o que tirou o Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo.

Fonte: O Sul

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