Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, durante entrevista conjunta a veículos de imprensa nesta quarta-feira, 19, que não teria “nenhum problema em fazer uma chapa com [Geraldo] Alckmin para ganhar as eleições e governar esse País”. Lula ressaltou, porém, que sua candidatura à Presidência nas Eleições 2022 ainda não está definida.

O ex-presidente também ressaltou que Alckmin precisaria filiar-se a um partido primeiro e verificar se a sigla fecharia uma aliança com o PT para o próximo pleito, e destacou que as “divergências” entre ambos poderiam ser discutidas a fim de “fazer alianças” e “construir parcerias”.

“Eu não sou candidato para ser protagonista, eu sou candidato para ganhar as eleições. Ganhar é mais fácil do que governar, e governar significa ter adquirido possibilidades muito grandes de conversar com as pessoas. Por isso é que precisamos fazer alianças, construir parcerias”, disse Lula.

“Nós temos divergência? Temos, por isso pertencemos a partidos diferentes. Mas isso não impede, se for necessário, que você construa a possibilidade das divergências serem coladas no canto, e você coloca as convergências em outro canto para poder governar”, complementou.

Aos jornalistas, Lula afirmou que nem ele nem Alckmin falam sobre o assunto porque não haveria candidatura definida até o momento, mas relembrou boas relações que teve com Alckmin e José Serra, também ex-governador de São Paulo e adversário de Lula nas eleições de 2002.

“Eu estive com o governador Alckmin durante quatro anos na presidência. Eu não tenho nenhuma divergência da minha relação com Alckmin e nem com Serra, tive uma convivência com os dois extraordinária em relações com entes federados”, afirmou.

Os rumores de que o ex-governador de São Paulo seria vice de uma provável nova candidatura de Lula surgiram em meados de 2021 e cresceram após a saída de Alckmin do PSDB, onde ficou por 33 anos. Ambos também já se encontraram em um jantar organizado em São Paulo.

Geraldo Alckmin chegou a receber um convite de filiação do Solidariedade, mas não cravou sua decisão final. Também há conversas com o PSB, que colocou como contrapartida o apoio dos petistas a nomes da legenda em outros sete estados, nos quais o PT não lançaria candidatos.

Fonte: O Sul

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