Os protestos dos caminhoneiros nas rodovias do país seguem nesta quinta-feira, 9. Em Santa Cruz do Sul, os manifestantes se mobilizaram novamente na manhã de hoje, impedindo que veículos de carga passassem pelos bloqueios impostos pela categoria – os bloqueios acontecem no entroncamento da RSC-287 com a BR-471. O trânsito de carros é permitido pelos caminhoneiros, mas os caminhões são obrigados a aderir ao movimento, sendo compulsoriamente convidados a parar.

Mesmo após as mensagens de apelo do Presidente Jair Bolsonaro,  que pediu em áudio que circulam nas redes sociais que os manifestantes ajam com cautela para que a crise econômica não se agrave, os caminhoneiros devem continuar com os seus bloqueios. Os manifestantes pedem o fim do que eles chamam de “ditadura de toga do STF”, a redução dos impostos e do preço dos combustíveis. 

Um dos líderes do movimento em Santa Cruz do Sul, afirmou que, por enquanto, os veículos leves podem passar. “Se a gente encontrar lugar, os carros param também”, completou o homem, que pediu para não ser identificado. Ao ser questionado pela reportagem sobre os apelos do Presidente para que os bloqueios cessassem, o líder do movimento afirmou não reconhecer a mensagem. “Quem garante isso? Eu não vi vídeo dele afirmando nada. Áudio qualquer um pode falar e fazer que é ele”, finalizou o homem, que não quis mais se manifestar.

MINISTRO DA INFRAESTRUTURA SE MANIFESTA SOBRE MENSAGEM DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, pediu “serenidade” à categoria e alertou para o risco de alta da inflação caso haja desabastecimento de produtos. “Essa paralisação pode agravar efeitos, na economia, de inflação. Nós já temos hoje um efeito nos preços dos produtos, em função da pandemia. Uma paralisação vai trazer desabastecimento, acabar impactando os mais pobres, os mais vulneráveis, prejudicando a população”, afirmou Tarcísio em um vídeo enviado a caminhoneiros.

 

No vídeo, ele confirma a autenticidade do áudio gravado pelo presidente Jair Bolsonaro. “A gente sabe que há uma preocupação com a melhoria da situação do país, com a resolução de problemas graves, mas a gente não pode tentar resolver um problema e criar outro”, diz Tarcísio.

 

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