Foto: Ariana Dreschler / AFP

Após confirmar a redução do intervalo entre as doses da vacina da Pfizer, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o protocolo de 21 dias só ocorrerá após a vacinação de toda a população com mais de 18 anos com pelo menos uma dose dos imunizantes oferecidos nos país – além da Pfizer, são usados CoronaVac, AstraZeneca e Janssen, que é de dose única.

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda o intervalo de 90 dias entre a primeira e a segunda dose da vacina contra covid-19 da Pfizer. Na bula, o período previsto é de 21 dias.

A afirmação foi confirmada em nota conjunta assinada por Queiroga, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conasems (Conselho dos Secretários Municipais da Saúde). O texto, divulgado na noite desta terça-feira, 27, afirma ainda que, a partir de agora, “a operacionalização da vacinação contra a covid-19 obedecerá, uma vez já cumprida a distribuição de ao menos uma dose para os grupos prioritários, a ordem por faixa etária decrescente”.

De acordo com o documento, “após a conclusão do envio de doses para a população adulta, serão incluídos os adolescentes de 12 a 17 anos, com prioridade para aqueles com comorbidades”.

Antes da emissão da nota conjunta, o Conass havia afirmado que não foi consultado sobre a decisão do Ministério da Saúde de reduzir o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer. O órgão dos secretários ficou sabendo da medida por meio dos veículos de imprensa.

A entidade defende que a redução do intervalo só deva ser feita após toda a população brasileira adulta tomar a primeira dose do imunizante contra a covid-19, o que deve acontecer somente em setembro. Embora o ministério não tenha anunciado ainda a data que a redução será adotada, a expectativa é que isso possa ocorrer ainda em agosto.

A decisão de reduzir o intervalo entre as doses da vacina tem como um dos principais objetivos conter o avanço da variante Delta do coronavírus. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou que a cepa indiana já está em transmissão comunitária.

Uma pesquisa do laboratório francês Pasteur indica que a primeira dose da Pfizer tem uma proteção de apenas 10% contra a variante. Por outro lado, com as duas doses tomadas, a taxa sobe para 95%.

Fonte: GZH

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