Foto Ilustrativa

Delito contra a vida que, ao contrário de homicídios e latrocínios, vinha apresentando resistência de reduzir, o feminicídio completou em outubro seu segundo mês consecutivo de queda no Rio Grande do Sul, segundo dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) divulgados nesta quinta-feira, 11.

A queda em relação ao mesmo período de 2020 foi de 40%, passando de cinco para três vítimas, repetindo o menor total já verificado na série histórica, com dados disponíveis a partir de 2012.

A queda, contudo, ainda não foi o suficiente para reverter o cenário no acumulado desde janeiro. Na soma de 10 meses, o número de mulheres assassinadas por razão de gênero no Estado, que no ano passado era de 67, agora está em 83 (24%).

Por isso, as autoridades reforçam a importância de parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de escola, ou até mesmo desconhecidos, realizarem a denúncia ao primeiro sinal de violência. Quanto mais cedo for levado às polícias o conhecimento sobre possíveis abusos, maiores são as chances de auxiliar as mulheres vítimas a romperem com o ciclo de violência antes que ele termine em um feminicídio.

Além do Disque Denúncia 181 e do Denúncia Digital 181, no site da SSP (ssp.rs.gov.br/denuncia-digital), o WhatsApp da Polícia Civil (51 – 98444-0606) recebe mensagens 24 horas por dia, sem a necessidade de se identificar, e a Delegacia Online (delegaciaonline.rs.gov.br), que teve suas possibilidades de registro aumentadas para receber os relatos de violência doméstica, permite fazer o boletim de ocorrência, com a mesma validade do documento emitido presencialmente, a qualquer horário e por qualquer dispositivo com internet.

Para quem não tem acesso, pode procurar qualquer Delegacia de Polícia, além das 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher  hoje existentes no Estado, bem como o auxílio das Patrulhas Maria da Penha, cujos telefones se encontram no site da SSP (clique aqui). Para socorro urgente em emergências, o número é o 190.

Nos demais crimes de violência contra a mulher monitorados pela SSP, a tendência geral é de queda tanto no acumulado quanto no recorte do mês. Entre janeiro e outubro, comparado a igual período de 2020, houve retração nas ameaças (-5,1%), nas lesões corporais (-6,8%), nos estupros (-1,1%) e nas tentativas de feminicídio (-19,5%).

A leitura isolada do 10º mês do ano mostra reduções ainda maiores nas ameaças (-6,9%), nos estupros (-22,5%) e nas tentativas de feminicídio (-35%) – apenas o número de lesões corporais ficou 0,6% acima que o verificado em outubro de 2020.

Crimes contra a vida se mantêm no menor patamar da série histórica

Considerados os três principais delitos contra a vida, no conjunto tecnicamente conhecido como CVLI (crimes violentos letais e intencionais), a soma de homicídios, latrocínios e feminicídios se manteve, em outubro, no menor patamar desde que a SSP passou a contar com dados individualizados desses três tipos penais.

No mês, o total foi de 123 vítimas, o que representa queda de 33,2% em relação às 184 registradas em outubro do ano passado – frente ao pico da série histórica, em 2014, que teve 250 CLVIs, a baixa chega a 50,8%. No acumulado entre janeiro e outubro, a soma de CVLIs está em 1.433, uma redução de 14,4% na comparação com o total de 1.675 de igual intervalo em 2020.

Roubo de veículos tem queda de 15% no RS em outubro

Entre os crimes patrimoniais, o roubo de veículos repetiu em outubro a tendência constante de queda verificada ao longo dos últimos dois anos e meio. Em todo o Estado, houve 408 casos no mês – numa média de menos de um para munícipio do total de 497 no Rio Grande do Sul.

O dado, que é o mais baixo desde que se iniciou a contagem sistemática desse tipo de crimes em território gaúcho, também representa redução de 15% em relação aos 480 casos ocorridos em outubro do ano passado.

Na comparação dos acumulados de 10 meses, a retração é ainda mais expressiva. O número de roubos de veículos caiu de 7.020 para 4.125, uma diminuição de 41,2%, também no menor patamar da série histórica. Frente pico, de 2015, quando 15.072 motoristas tiveram seus automotores levados por assaltantes entre janeiro e outubro, o resultado impressiona: a soma deste ano representa queda de 72,6% ou 10.947 casos a menos.

Fonte: O Sul

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