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O artigo Programas de manejo antimicrobiano em unidades de terapia intensiva para adultos na América Latina: Implementação, avaliações e impacto sobre resultados, que tem como um dos autores o médico infectologista e diretor técnico do Hospital Santa Cruz (HSC) Marcelo Carneiro, foi publicado na edição de março da revista científica Infection Control & Hospital Epidemiology, da Universidade de Cambridge, Inglaterra. Carneiro também é integrante da Comissão de Controle de Infecção e Epidemiologia do Hospital  (CCIH) e professor do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (PPGPS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

O médico participou do trabalho junto a outros 16 pesquisadores do Proa-Latam Project Group, que atua na implementação e avaliação de programas para a otimização do uso de antimicrobianos em nível institucional. Também participaram do estudo a farmacêutica clínica Rochele Mosmann Menezes e a enfermeira Eliane Krummenauer, do CCIH do Hospital Santa Cruz.
Os antimicrobianos são substâncias naturais (antibióticos) ou sintéticas (quimioterápicos) que agem sobre microorganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição, sendo eficaz contra um amplo espectro de micróbios, como bactérias, mofo, fungos e até mesmo vírus. O seu uso transformou a prática médica, convertendo infecções anteriormente fatais em doenças tratáveis, reduzindo a mortalidade em pacientes com sepse grave ou choque séptico.
O estudo que originou o artigo foi realizado durante 12 meses e incluiu pacientes de 77 hospitais selecionados em nove países latino-americanos. Para avaliar os programas de manejo antimicrobiano, representantes de todas as UTIs selecionadas realizaram uma pesquisa de autoavaliação no início e no final do estudo. O impacto de cada programa foi avaliado mensalmente usando como medidas o consumo de antimicrobianos, a adequação de tratamentos antimicrobianos, a mortalidade bruta e os microrganismos multirresistentes em infecções associadas à saúde.
Este foi o primeiro estudo multicêntrico em unidades de terapia intensiva da América Latina a avaliar a adequação da prescrição de antimicrobianos, consumo e indicadores de impacto em relação ao nível de desenvolvimento de programas de manejo. No geral, 76,6% dos centros mostraram uma melhora significativa em suas pontuações ASP.

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