Foto: Guia médico publicado pela entidade nesta sexta-feira determina que comprovante de vacinação será exigido para que cada atleta seja relacionado numa partida. Crédito: Ricardo Duarte/Internacional

A CBF vai exigir vacinação completa contra Covid-19 para jogadores inscritos nos torneios da entidade. A determinação está na edição mais recente do Guia Médico de Medidas Protetivas para o Futebol Brasileiro 2022, publicado nesta sexta-feira, 21, pela entidade.

“Entende-se como vacinação plena o período de 14 dias após a aplicação da segunda dose se utilizada as vacinas de duas doses ou a aplicação da vacina de dose única”, diz trecho do documento.

O comprovante de vacinação será exigido para que cada atleta seja relacionado numa partida. Caso o documento não seja apresentado, o portal médico da CBF bloqueia diretamente em seu sistema a inscrição deste jogador.

O presidente da Comissão Médica da CBF, Jorge Pagura, explicou que não se trata de uma decisão política, mas de uma solução para proteger os jogadores.

“Grande parte das internações hoje são de pessoas que não se vacinaram. A variante ômicron é muito transmissível e os atletas têm que jogar sem máscaras. Então que nós podemos fazer é exigir que todos se vacinem para evitar casos graves”, declarou.

Outro trecho é ainda mais explícito sobre a exigência: “É OBRIGATÓRIO ao indivíduo a apresentação do comprovante de vacinação plena para a Comissão Médica Especial da CBF.”

A obrigatoriedade deve ser incluída nos regulamentos específicos de cada competição organizada pela CBF, que são publicados antes do início do torneios.

A CBF também orienta que as vacinas sejam exigidas pelas federações estaduais em seus torneios.

Sem vacina, Lodi perdeu seleção

Na semana passada, quando a seleção brasileira foi convocada para os próximos dois jogos das Eliminatórias, o técnico Tite revelou que deixou o lateral-esquerdo Renan Lodi fora da lista porque não havia tomado as duas doses da vacina contra Covid-19.

Na ocasião, o presidente da Comissão Médica da CBF, Jorge Pagura, afirmou que “o interesse coletivo supera o interesse individual em relação à vacinação, e que “a CBF prioriza aqueles que têm a vacinação completa”.

Na entrevista coletiva, o técnico Tite também defendeu que seus atletas se vacinem:

“Eu, particularmente, entendo que a vacinação é uma responsabilidade social. Ela é minha e com a pessoa que está do lado. Eu trago isso para mim e minha família, para pessoas para quem eu tenho responsabilidade. Meus netos… Queria ter meus pais, não os tenho, mas queria ter a oportunidade de poder protegê-los”, disse.

No entanto, um dos auxiliares de Tite, César Sampaio, afirmou que a ausência de Lodi se deveu ao fato de não poder entrar no Equador sem o esquema vacinal completo.

“Nós temos a nossa opinião, mas não obrigamos nenhum atleta a se vacinar”, completou Sampaio.

Fonte: O Sul

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