Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A variação do custo da Cesta Básica Nacional em Santa Cruz do Sul foi de 9,65% no período de 03 de setembro a 04 de outubro de 2021, passando de R$ 524,06 para R$ 574,67. Dos 13 produtos pesquisados, quatro apresentaram redução e os demais nove produtos apresentaram elevação de preço. Com esta elevação recorde de R$ 50,61 em relação a setembro, a Cesta Básica alcança o maior custo desde o início da série histórica do levantamento.

As maiores contribuições para esta elevação do custo da Cesta Básica Nacional foram do Tomate (contribuição de 7,15%, custando em uma rede de supermercado o triplo do verificado em setembro) e da Carne Bovina (contribuição de 2,59%), produtos que tiveram redução de preço no levantamento anterior. Contribuíram para frear esta elevação o Pão Francês (contribuição de – 1,35%, pois estava em promoção em duas redes de supermercado), a Batata Inglesa (contribuição de – 0,27%) e a Banha (contribuição de – 0,20%). No ano de 2021 a Cesta Básica apresenta elevação de 14,238% e, comparando com outubro de 2020, a elevação é de R$ 119,83, ou 26,346%.

Com este custo para a Cesta Nacional, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebeu no início deste mês o Salário Mínimo, precisa trabalhar 114,935 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos, ou 10,12 horas a mais que o verificado no mês de setembro.
A partir dos gastos com alimentação é possível estimar o Salário Mínimo necessário para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a mesma metodologia utilizada pelo DIEESE, o valor do Salário Mínimo em Santa Cruz do Sul para o mês de setembro de 2021, pago no início do mês de outubro, deveria ter sido de R$ 4.791,63 para uma família composta por dois adultos e duas crianças.

A Cesta Básica Nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei nº. 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei nº. 185 de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do Salário Mínimo no Brasil. Este Decreto estabelece que o salário mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.

Fonte: Prof. Dr. Silvio Cezar Arend

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