Foto: Dirk Waem / Belga / AFP

Após ficar mais de 20 dias retida no controle de qualidade, a remessa de 1.096 milhão de doses da Janssen foi liberada, nesta sexta-feira, 03. Isso possibilita ao Ministério da Saúde a distribuição da vacina para dar início ao esquema de reforço do imunizante de dose única. O envio aos estados, no entanto, deve começar na próxima semana.

Outras mais de 1 milhão de doses ainda aguardam aval do INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), órgão ligado à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e que também fará a análise das novas 2,8 milhões de unidades da Janssen que chegaram ao país hoje. Com isso, a expectativa é que o governo repasse aos estados e ao Distrito Federal mais de 4,8 milhões de vacinas ainda em dezembro.

A instrução é que todas essas doses sejam usadas para reforço de quem tomou o imunizante de dose única. A aplicação é recomendada para todos aqueles que receberam esta vacina há pelo menos dois meses. Com a chegada da variante ômicron no Brasil, o Ministério da Saúde tem pressa para acelerar a estratégia vacinal e alcançar ainda aqueles que não retornaram aos postos para completar o esquema primário.

“Precisamos trabalhar para retardar a entrada [da variante] e ampliar a vacinação”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, em coletiva na última quinta-feira, ao anunciar cinco casos confirmados de infecções com a ômicron. São três casos em São Paulo e dois no Distrito Federal.

O reforço da vigilância laboratorial, das medidas não farmacológicas e do monitoramento dos viajantes também está entre as prioridades, apesar de não haver previsão, neste momento, de restrições de viagens mais rígidas.

Como as remessas devem ser liberadas em momentos diferentes, o Ministério da Saúde priorizará regiões que fazem fronteira com outros países. O objetivo é alavancar a campanha de reforço em locais mais propícios a receber novas variantes, sobretudo na iminência da abertura das fronteiras.

Por enquanto, as passagens terrestres para estrangeiros estão fechadas, com exceção do tráfego nas chamadas cidades gêmeas. Mas o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado por um relaxamento neste sentido, além de não apoiar o movimento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de adotar uma cobrança por vacinação dos turistas.

Fonte: Correio do Povo

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