Foto: José Paulo Lacerda

A produção industrial cresceu, na passagem de outubro para novembro, em dez das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira,14.

No resultado geral do País, a produção industrial cresceu 1,2% em novembro – foi a sétima alta consecutiva, mas ainda insuficiente para apresentar crescimento no acumulado no ano de 2020. Das dez regiões com alta no mês, oito tiveram taxa superior à média nacional.

As altas mais expressivas foram registradas na Bahia (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%) Amazonas (3,4%). Já entre as cinco regiões com queda na produção, os piores resultados foram os do Pará (-5,3%) e em Mato Grosso (-4,3%).

O IBGE destacou que, com o resultado de novembro, oito das 15 regiões recuperaram o patamar de produção pré-pandemia: Amazonas, Santa Catarina, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Em outubro, eram nove as localidades que haviam recuperado o patamar produtivo de fevereiro. No entanto, o Pará saiu deste grupo ao registrar o tombo da produção em novembro.

O IBGE destacou, também, que as taxas positivas das dez localidades pesquisados refletiram a ampliação do retorno à produção, após paralisações e interrupções causadas pela pandemia da Covid-19.

No acumulado do ano, porém, somente três das 15 regiões apresentaram taxas positivas em novembro: Pernambuco (3,2%), Rio de Janeiro (0,5%) e Goiás (0,4%). Espírito Santo (-15,9%), Ceará (-8,2%) e Rio Grande do Sul (-7,4%) foram as regiões com os resultados negativos mais expressivos para o acumulado de janeiro a novembro.

Principais influências para a alta nacional

De acordo com o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, São Paulo, que exerce a maior influência no resultado da indústria nacional, viu a produção ser acelerada em novembro pelo setor de veículos. Ele lembrou que em outubro a indústria paulista havia recuado em 0,5%, interrompendo cinco meses seguidos de alta.

“Como nos últimos meses, as influências positivas na indústria paulista foram do setor de veículos e do setor de máquinas e equipamentos”, apontou o pesquisador. A segunda influência positiva do resultado de novembro partiu da indústria gaúcha, que apresentou o segundo maior resultado entre as regiões pesquisadas e a sétima alta consecutiva. Segundo Almeida, o resultado foi puxado pelo setor de couro, artigos de viagens e calçados.

A terceira influência positiva no resultado geral ficou por conta da Bahia, que apresentou a maior taxa entre as regiões pesquisadas. “Esse aumento em novembro na Bahia foi impulsionado pelo resultado do setor de celulose e do setor de bebidas”, explicou o gerente da pesquisa.

Já dentre as cinco localidades que tiveram taxas negativas em novembro, a maior influência partiu do Pará, , que teve a maior queda em termos absolutos e a terceira taxa negativa consecutiva. Segundo Bernardo Almeida, a indústria paraense foi prejudicada pelo setor extrativo, que concentra cerca de 88% de toda produção local, e pelo setor de alimentos.

Já o Mato Grosso teve a segunda maior taxa negativa do mês, puxada pelos setores de alimentos, muito influente na indústria local, e de derivados do petróleo e biocombustíveis.

Fonte: O Sul

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