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Pela terceira vez em 30 dias, o Banco Central (BC) registrou um recorde de transações feitas por Pix em um único dia. Segundo o BC, foram 52,4 milhões de operações na última sexta-feira (7). O recorde tinha sido batido em 10 de dezembro do ano passado, quando 50,3 milhões de transações foram registradas. No dia 20 do mesmo mês, dia do pagamento da segunda parcela do 13º salário, foram 51,9 milhões de transações.

As estatísticas divulgadas pelo Banco Central mostram que o uso do Pix vem aumentando mês após mês desde seu lançamento em novembro de 2020. A quantidade de transações feitas em maio do ano passado, por exemplo, foi de 649,1 milhões. Já em novembro chegou a 1,2 bilhão.

O número de usuários que já fizeram Pix chegou a 106,8 milhões de pessoas e 8,2 milhões de empresas em novembro.

O volume de dinheiro transacionado pelo sistema também vem aumentando. Em novembro, foram R$ 623,3 bilhões. Em maio do ano passado, o montante era de R$ 380,2 bilhões.

Golpe

Golpes usando QR Code como opção de pagamento via Pix estão entre as tendências do cibercrime para 2022, de acordo com a Kaspersky. Especialistas da empresa identificaram duas novas fraudes utilizando essa combinação nos primeiros dias do ano, conforme relatório divulgado nesta semana.

Em um deles, os cibercriminosos se passam por uma empresa de telecomunicações e enviam cobranças falsas para os assinantes. O método de ação é antigo, mas a novidade está na presença do QR Code para agilizar o pagamento.

Para atrair a vítima, eles oferecem um suposto desconto de 5% para tal opção. Além disso, os golpistas disfarçam o e-mail real do remetente e copiam o visual autêntico do boleto da prestadora, como forma de tornar a cobrança mais convincente.

Já o outro golpe com Pix e código QR envolve a oferta de uma plataforma de streaming em parceria com grandes redes de cinema. Os cibercriminosos afirmam ser possível assistir aos filmes em cartaz no serviço, pagando R$ 267,99 pelo plano trimestral — o sistema de pagamentos instantâneos é a única forma de quitar o valor.

Como se proteger

De acordo com o analista sênior da Kaspersky no Brasil Fábio Assolini, o pagamento por QR Code não pode ser bloqueado como acontece com sites falsos em outros golpes. No entanto, é possível evitar cair nessa armadilha com alguns cuidados.

Uma das dicas é prestar atenção ao remetente das mensagens de phishing, normalmente um endereço genérico. A fatura falsa também não traz o nome do cliente, mencionando apenas um suposto código do assinante.

O código de barra é outro campo que você precisa verificar. Em geral, cobranças de telefonia, gás e outras contas de consumo começam com o número 8, enquanto a versão falsa inicia com o número da instituição financeira em que ela foi gerada.

No golpe da promoção de filmes, a melhor maneira de confirmar a autenticidade da oferta é entrando em contato com a plataforma de streaming, pelos canais oficiais. E na hora de pagar, confira os dados do destinatário, pois os golpistas usam nomes de laranjas em vez da razão social das empresas verdadeiras.

Fonte: O Sul

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