Foto: Jack Guez / AFP

A judoca gaúcha, Mayra Aguiar, fez história para o Brasil na manhã desta quinta-feira, 29, – noite no Japão. Após imobilizar e superar a sul-coreana Yoon Hyunji na final da repescagem até 78kg, a atleta da Sogipa se tornou a primeira mulher brasileira a subir três vezes ao pódio em esportes individuais. Além disto, ela também se consolidou como a única na modalidade a conquistar medalha em três Jogos Olímpicos consecutivos.

Num ciclo olímpico que começou com o título mundial em 2017, mas terminou atrapalhado por uma grave lesão no joelho no final de 2020 e a incerteza da recuperação a tempo, Mayra conseguiu repetir sua doce rotina em Olimpíadas: ir ao pódio. A judoca reproduziu este feito em Londres-2012 e Rio-2016, na mesma categoria. A única vez que não voltou com uma medalha no peito, foi em sua estreia na competição, Pequim-2008.

O resultado da gaúcha coloca o Brasil na 19ª colocação, com um ouro, duas pratas e três bronzes – um deles, com o judoca Daniel Cargnin na categoria até 66 kg, também do Rio Grande do Sul e atleta da Sogipa.

Campanha nos Jogos Olímpicos

Na estreia em Tóquio, Mayra conseguiu “quebrar o gelo” da falta de ritmo. Ela havia feito somente duas lutas até os Jogos de Tóquio desde sua volta aos tatames. O começo foi o melhor possível, e a gaúcha precisou de menos de um minuto para conseguir um ippon e vencer a israelense Inbar Lanir, se garantindo nas quartas de final.

Nas quartas, a chave lhe reservou um confronto duro e equilibrado com a atual campeã mundial em 2021, a alemã Anna-Maria Wagner. A estratégia de Wagner acabou prevalecendo ao longo do confronto – bastante estudado – e ela venceu no golden score com um wazari. No golpe, a judoca germânica se aproveitou do movimento da brasileira de forma inteligente para pontuar.

Por ter ficado entre as oito melhores, a gaúcha caiu para a repescagem e seguir na corrida pelo pódio. Na chave, teve pela frente a russa Aleksandra Babintseva. Confronto técnico, duro, mas a atleta do RS conseguiu provocar três punições para a adversária e chegou até a disputa pelo bronze com a sul-coreana Yoon Hyunji.

Na decisão do terceiro lugar, Mayra conseguiu de maneira incrível imobilizar a adversária e controlar o tempo até o ippon ser apontado. Aí, a história estava consolidada e uma emocionada judoca gaúcha foi ao pódio.

Fonte: Correio do Povo

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