Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção industrial no mês de maio mostram que as indústrias de tabaco foram as que mais sofreram com a greve dos caminhoneiros no Estado. O recuo no setor, que é o carro-chefe da economia do Vale do Rio Pardo, chegou a 21,9% na comparação com o ano passado, bem acima da média estadual (10,8%).
O levantamento leva em conta tanto as usinas de beneficiamento quanto as fábricas de cigarros. Com os bloqueios nas rodovias, as principais unidades do setor paralisaram as atividades, a maioria por entre três e cinco dias. Na prática, o desabastecimento de combustíveis afetou todas as instâncias da produção, desde a compra de tabaco cru (já que não havia como transportá-lo das propriedades às empresas) até o beneficiamento (devido principalmente à falta de gás liquefeito de petróleo para movimentar as empilhadeiras e de lenha para as caldeiras).
Confira a variação na produção industrial em cada setor no mês de maio no Estado, na comparação com o mesmo período de 2017:
Tabaco: -21,9%
Alimentos: -19,1%
Borracha e material plástico: -15,1%
Bebidas: -12,7%
Máquinas e equipamentos: -12,7%
Móveis: -11,9%
Couro: -11,8%
Veículos: -7,6%
Produtos de metal: -4,8%
Produtos químicos: -4,8%
Minerais não-metálicos: -4,3%
Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis: -3,6%
Celulose e papel: -2%
Metalurgia: +3,4%
Fonte: IBGE