Foto: Coagrisol / ASCOM / Divulgação

Os danos provocados pela estiagem têm alcançado altos índices no Rio Grande do Sul. De acordo com a Defesa Civil, 200 municípios gaúchos já decretaram situação de emergência em decorrência do problema. A partir da medida, as cidades estão autorizadas a buscarem ajuda junto aos governos estadual e federal. Outras 26 cidades já informaram por meio de sistema que tiveram contratempos por conta da falta de chuvas, mas ainda não fizeram o decreto.

Em visita a Santo Ângelo nesta quarta-feira para avaliar a situação da estiagem no Estado, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que chegou ao RS “não para trazer falsas esperanças, mas para ver o que é possível fazer pelo produtor”.

Segundo ela, o Brasil é um País de proporções continentais, com problemas graves na agropecuária no momento, de características diferentes da seca, como é o caso das inundações na Bahia e em Minas Gerais. “Precisamos pensar em soluções estruturantes”, refletiu a ministra, destacando que, especificamente em relação à estiagem, é preciso focar na distribuição de água, com a perfuração de poços e construção de açudes.

Ministra durante visita ao RS hoje
Foto: Eduardo Loveira / Fetag / Divulgação

As principais entidades representantes da agropecuária no Estado entregaram para a ministra um ofício. No documento, as instituições apontaram que as enormes perdas de produção e os prejuízos econômicos poderiam ser minoradas, caso fosse possível fazer reservação de água no RS.

Elas enfatizaram ainda que em solo gaúcho chove mais que o suficiente ao longo do ano e há tecnologias adequadas para fazer a reservação, mas “falta bom senso, equilíbrio, e responsabilidade ao serem colocadas filigranas jurídicas à frente da tragédia que é a seca para quem depende do campo em seu sustento.”

Em Alegrete, município na Fronteira-Oeste que já decretou situação de emergência, os produtores mencionaram perdas consideráveis nas lavouras e na pecuária. Eles destacaram também escassez de água nas fontes naturais e nos açudes que abastecem o consumo humano e animal.

Fonte: Correio do Povo

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