O governo da Argentina oficializou nesta quinta-feira um regulamento que legaliza o autocultivo de cannabis para uso medicinal, assim como a elaboração e distribuição de produtos derivados como óleos e cremes em farmácias de manipulação.

O decreto, que foi publicado nesta quinta no Diário Oficial, prevê a criação de um cadastro especial, dependente do Ministério da Saúde, para autorizar “pacientes a terem acesso à planta por meio do cultivo controlado e também aos seus derivados, como medicamentos, tratamentos terapêuticos e paliativos para a dor”. “Os pacientes podem se cadastrar para obter autorização de cultivo para si mesmos, por meio de um parente, terceiro ou organização civil autorizada”, detalha o texto.

Além disso, aqueles que “têm indicação médica para o uso da planta de cannabis e seus derivados podem adquirir especialidades medicinais de fabricação nacional, importar especialidades medicinais devidamente registradas pela autoridade sanitária ou adquirir formulações magistrais elaboradas por farmácias autorizadas”.

O Estado oferecerá ajuda técnica para “promover a produção pública de cannabis em todas as suas variedades e a sua eventual industrialização para uso medicinal, terapêutico e para pesquisas em laboratório”. “O produto será distribuído através do Banco Nacional de Medicamentos Oncologia e farmácias autorizadas”, acrescenta o decreto.

Lei antiga

Este novo regulamento revisa uma lei aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), com o objetivo de promover “pesquisas médicas e científicas sobre o uso da planta para fins medicinais, terapêuticos e/ou paliativos da dor”.

A lei de 2017 contemplava o uso da planta apenas para pacientes com epilepsia refratária, e havia criado um cadastro nacional voluntário com o objetivo de facilitar o acesso gratuito ao óleo de cannabis que, segundo decreto do governo de Alberto Fernández, “não se encontra operacional”.

Até agora, a posse de sementes de cannabis era proibida, e as penas para quem cometesse esse crime variavam de quatro a 15 anos de prisão.

*Com informações da EFE

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